Coletivo Impar de Teatro estreia dias 25, 26 e 27 de abril
o espetáculo Só Uma Palhaça Só
Projeto da atriz Bia Alvarez tem direção de Karla Concá (RJ)
Uma ideia, um projeto que começou dos sonhos de uma só pessoa. Assim
nasceu o espetáculo Só Uma Palhaça Só, que no início de 2014 ganhou
destaque na cena cultural joinvilense, ao ter o projeto inscrito no site
de financiamento coletivo Catarse. A meta do patrocínio no Catarse não
foi alcançada, pois sua proponente, a atriz Bia Alvarez, estava naquele
período imersa numa residência artística no Rio de Janeiro, com a
palhaça Karla Concá, do grupo As Marias da Graça, que assina a direção
do espetáculo. Mesmo sem os recursos do Catarse, o projeto ganhou muitos
incentivadores, que contribuíram de diversas formas para viabilizar a
produção que estreia esse mês, nos dias 25, 26 e 27 de abril, às 20h, no
Galpão de Teatro da AJOTE – Associação Joinvilense de Teatro.
O espetáculo também marca o lançamento do Coletivo Impar de Teatro, um
novo núcleo de trabalho do IMPAR – Instituto de Pesquisa da Arte pelo
Movimento, que assume o lugar da Cia Joinville de Teatro, que depois de
nove anos de atuação, encerrou suas atividades em 30 de março deste ano.
Criado a partir do sentido mais amplo da palavra “coletividade”, o
Coletivo Impar de Teatro reúne um grupo de pessoas dispostas a
experimentar as possibilidades do pensamento e do trabalho coletivo,
sustentado em processos de investigação no campo das artes cênicas,
dentro de um viés contemporâneo e atento às questões antropológicas,
políticas e sociais que permeiam a vida humana. O Coletivo é formado
pela atriz e palhaça Bia Alvarez, pela jornalista e produtora Iraci
Seefeldt, pela atriz e terapeuta ocupacional Nathielle Wougles e pelo
ator e diretor Robson Benta.
Sobre o espetáculo
Só Uma Palhaça Só é um espetáculo solo, baseado na experiência
cotidiana da atriz/palhaça e inspirada no mundo contemporâneo, tendo
como referencial a arte do palhaço na visão feminina. Em seu mundo de
pensamentos e temores, a palhaça-personagem Everline Flore se vê as
voltas com questões profundas de sua existência.
Na
sala de sua casa, numa tentativa constante de solucionar,
definitivamente, a sensação de estar deslocada do mundo, Everline conta
sua trajetória de vida. Se autointitula empreendedora artística
(desempregada) e busca soluções inusitadas, deixando clara a sua
inadequação. Diante dos diagnósticos terapêuticos e de se sentir
definitivamente rotulada, Everline relembra histórias da sua infância,
em meio a um emaranhado de sensações, questionamentos e brigas com
cigarros, livros e bonecas.
Sua busca está em encontrar a sua própria verdade.
As palhaças
A atriz e palhaça Bia Alvarez dividiu-se durante dez anos entre a
carreira no serviço público e o teatro (nas horas vagas). Desenvolve
pesquisas no universo da palhaçaria desde 2009 e em 2012, ao participar
do Vértice 2012 (encontro e festival internacional de teatro feito por
mulheres), fez uma oficina ministrada por Karla Concá e Vera Ribeiro, do
grupo As Marias da Graça (RJ), criado em 1991 e considerado o precursor
da palhaçaria feminina no Brasil.
Identificando-se
imensamente com a metodologia de trabalho e linha de pesquisa de
palhaçaria feminina das Marias surgiu o desejo de ter um trabalho
dirigido por Karla Concá, que é atriz, palhaça (mais palhaça do que
atriz, como ela sempre fala) e sócia fundadora do grupo de palhaçaria.
Assim, em janeiro de 2014 Bia Alvarez vai para o Rio de Janeiro e faz
uma residência artística de 30 dias de imersão no mundo da palhaçaria,
onde, sob direção de Karla Concá constrói o solo Só uma Palhaça Só.
Com
o nascimento de sua palhaça e o espetáculo levantado, Bia retorna a
Joinville em fevereiro de 2014 e o projeto antes individual, torna-se
coletivo, passando a ser assinado pelo Coletivo IMPAR de Teatro e
envolvendo mais uma dezenas de pessoas, que contribuíram para a
construção do cenário, figurino, música, iluminação e toda a parte de
produção e divulgação do espetáculo. “Após muito ensaio, muito trabalho
para a confecção do cenário e do figurino, debates sobre a função da
arte, criações coletivas, choros (muitos!), sorrisos (muitos também!),
brigas e reconciliações, enfim o projeto Só Uma Palhaça Só ganha vida. O
trabalho todo foi concebido sem nenhum tipo de patrocínio, mas contou
com alguns apoios muito especiais de parceiros artistas que emprestaram
uma parte do seu talento para colorir um pouco mais o mundo de Everline
Flore”, relata Bia Alvarez.
Ficha Técnica
Roteiro: Karla Concá e Bia Alvarez
Direção: Karla Concá (As Marias da Graça/RJ)
Assistência de Direção: Charles Augusto
Atriz/Palhaça: Bia Alvarez / Everline Flore
Direção de Arte: Marthina Hanemann, Mariane Denegredo e Bia Alvarez
Trilha Sonora: Fábio Cabelo
Iluminação: Charles Augusto
Produção: Coletivo Impar de Teatro
Serviço:
Espetáculo: Só Uma Palhaça Só
Datas: 25, 26 e 27 de abril de 2014
Horário: 20 horas
Local: Galpão de Teatro da AJOTE – Associação Joinvilense de Teatro
Cidadela Cultural Antarctica – Rua 15 de novembro, 1445.
Ingressos: R$ 20,00, com 50% de desconto para idosos, estudantes e integrantes da AJOTE.
Pontos de venda:
Livraria O Sebo – Rua Dr. João Colin, 572 (venda antecipada)
Bilheteria do Galpão da AJOTE (nos dias de espetáculos, a partir das 19h)
Mais informações:
IMPAR – Instituto de Pesquisa da Arte pelo Movimento
impar@impar.com.br / www.impar.art.br / (47) 3028-7311
0 Comentários