Sesc-SC |
Unidade em Joinville | Programação cultural de 13 a 17/05
13 a 17 de Maio – Semana “Calar a Boca Nunca Mais”
No ano em que se completa 50 anos do golpe
militar no Brasil, o Sesc em Joinville realiza a Semana “Calar a Boca Nunca
Mais!”, de 13 a 16 de Maio. Nesta semana, o Sesc discute, por meio da arte, um
dos piores momentos políticos na história do Brasil, abordando também o mesmo
período e seus reflexos em Joinville.
13/05 – Os palhaços – leitura dramática do texto de Miraci Dereti censurado
em 1968 – Abismo Teatro de Grupo – Joinville (SC) – 14 anos
17 de agosto de 1968. O Grupo
Teatro Renascença deseja estrear o Espetáculo Os Palhaços, de
Miraci Dereti, mas é impedido pela Censura local. O Abismo Teatro de Grupo traz
a proposta de leitura dramática do texto e discute os porquês da censura sob a
mediação de Cristovão Petry.
14/05 – Programadora Brasil – Anos de Chumbo - Curtas, 107' – 14 anos
Este
Programa traz, em diferentes linguagens, seis curtas-metragens que buscam
refletir sobre o poder e os chamados “anos de chumbo” no Brasil, período mais
repressivo da ditadura militar (1964-1985) que teve início com a promulgação do
AI-5, em 1969. Marcado pela violência e pela falta de limite dos ocupantes do
poder, os cidadãos brasileiros tiveram seus direitos políticos e individuais
suprimidos e o país viveu um período de censura, falta de democracia e
perseguição política aos que eram contra o regime militar.
Os
filmes que compõem esse Programa são os curtas metragens: “Clandestinos”, de
Patricia Moran (MG, 2001, Experimental, Colorido, 11 min); “O dia em que
Dorival encarou a guarda”, de Jorge Furtado e José Pedro Goulart (RS, 1986,
Ficção, Colorido, 15 min); “O reino azul”, de José Medina , Lancast Mota e Otto
Guerra (RS, 1989, Animação, Colorido, 14 min); “Um filme”, de Marcos Medeiros,
de Ricardo Elias (SP, 1999, Documentário, Colorido/PB, 19 min); “Um tiro na
asa”, de Maria Emília de Azevedo (SC, 2005, Experimental, Colorido, 16 min); e
“Vala comum”, de João Godoy (SP, 1994, Documentário, Colorido/PB, 32 min)
15/05 - Lançamento do Livro "Acanhado - Teatro em Joinville durante
a ditadura militar" - Tuane Roldão - Joinville (SC) - Livre
A jornalista Tuane Roldão faz sua estreia
na literatura com o livro-reportagem "Acanhado: teatro em Joinville
durante a ditadura militar" (Design Editora, 134 páginas). Com relatos
reais de pessoas que vivenciaram e sofreram um dos períodos mais obscuros da
história recente do Brasil, o livro é um importante trabalho para compreender o
passado da arte cênica e do regime militar em Joinville. O livro apresenta uma
narrativa romanceada, que bem poderia ser confundida com ficção, alternando
momentos de falas rápidas com relatos mais densos, carregados de informação.
Pensado para um público que gosta de teatro
e se interessa por história, de Joinville ou não, Acanhado é o resultado de um
ano e meio de pesquisa e produção, entre 2011 e 2012, durante a faculdade de
Jornalismo na qual Tuane hoje é formada. Sem preocupação com a linearidade
cronológica, a pesquisa realizada pela jornalista contempla as histórias de
homens e mulheres que se viram envolvidos na luta pela redemocratização, direta
ou indiretamente. Mais do que ao teatro em Joinville de 1964 a 1985, é dada voz
a personagens que fazem, de alguma forma, diferença no cenário artístico local
por conta das decisões que tomaram décadas atrás. A publicação da obra foi
aprovada pelo Edital de Apoio à Cultura, por meio do Sistema Municipal de
Desenvolvimento pela Cultura (Simdec) 2013.
16/05 - Ditadura Reservada - documentário - Fabrício Porto e Fábio
Porto, 74' - Joinville (SC) - Livre
O documentário “Ditadura reservada” foi
idealizado para contar um pouco sobre as vidas daqueles que viviam em Joinville
na época da ditadura militar. Histórias de vida de pessoas que estavam
contaminadas por palavras cheias de definições como: comunismo, socialismo e a
própria ditadura militar. Esse filme resgata histórias como a de Edgar
Shatzmann e sua esposa Lucia Shatzmann que viveram sobre a perseguição do
regime em Joinville. O documentário aborda outros entrevistados, que nem sequer
souberam que o Brasil estava passando por um regime militar. O filme trás à
tona questões que muitos faziam questão de não saber. O papel da imprensa da
época também faz parte do filme e conta com depoimentos de jornalistas e
radialistas desse período. Historiadores e sociólogos convidados falam sobre
como esse período foi encarado por uma população predominantemente européia em
Joinville.
17/05 - Programadora Brasil - Terra em Transe - Glauber Rocha, 107' – 14
anos
Um dos
grandes clássicos da cinematografia brasileira, “Terra em Transe” acompanha os
dramas de consciência de um jornalista e poeta que oscila entre diversas forças
políticas que lutam pelo poder no fictício país de Eldorado. Marcado pelo tom
alegórico, o filme já foi definido como “um espetáculo poético sobre o transe
político”.
Responsável
pela consagração internacional de seu diretor, Glauber Rocha, ao receber
premiações nos festivais de Cannes, Locarno e Havana, o longa-metragem chegou a
ser proibido pela censura da ditadura militar, por ser considerado “subversivo
e irreverente com a Igreja”. Com elenco liderado por Jardel Filho, Paulo Autran
e Glauce Rocha, o filme reúne ainda uma talentosa equipe técnica: Luiz Carlos
Barreto e Dib Lutfi (fotografia), Sérgio Ricardo (música original) e Eduardo
Escorel (montagem).
Semana “Calar a Boca Nunca Mais”
Local: Teatro Sesc Joinville
Horário: 20h
Entrada Franca - Distribuição dos ingressos a partir das
19h, na bilheteria do teatro
16/05 – Rede Sesc de
Teatros - Sarau para Radamés – Vitor Garbelotto – Florianópolis (SC) –
Auditório da Casa da Cultura Fausto Rocha Júnior
Enquanto acontece a semana “Calar a Boca nunca Mais” no
Teatro, o Sesc em Joinville recebe o Violonista Catarinense Vitor Garbelotto,
no Auditório da Casa da Cultura Fausto Rocha Jr., no dia 16/05, Sexta-feira, às
20h.
Natural de
Criciúma, o músico foi recentemente apontado pelo jornal “O Globo” como um dos
principais representantes do novo Violão Brasileiro. Garbelotto surpreendeu e
agradou tanto crítica como público ao fazer a primeira gravação da obra
completa para violão solo de Radamés Gnattali.
Além da
acuiadade sonora e da interpretação inspirada, Garbelotto possui uma forte
característica rítmica, soma essa, que lhe rendeu o Prêmio APCA 2010
(Associação Paulista de Críticos de Arte) como Revelação em Música Erudita e a
Indicação ao 22º Prêmio da Música Brasileira (2011), também na categoria
Revelação.
Horário: 20h
Classificação etária: Livre
Entrada Franca – Distribuição dos ingressos a partir das
19h, no local da apresentação
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